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DARING Explorer no Butão | O TRAJE COMO IDENTIDADE.

Ricardo Ferreira Alves

O traje tradicional do Butão é muito importante na preservação da identidade cultural do país. A população tem muito orgulho em hostentar o seu traje tanto em cerimónias religiosas, como nos escritórios e as criânças também o usam na escola.




O traje masculino chama-se Gho. Para um ocidental, à primeira vista, parece muito complicado de vestir e é! Eu próprio precisei de muitas tentativas-erro até conseguir e na verdade acho que eles estavam só a ser simpáticos porque nunca o devo ter feito corretamente. Ele é composto por um longo casaco que enrolamos à volta do corpo e que nos cobre do pescoço aos joelhos, com muitas voltas e truques pelo meio, há milhares de padrões e qualidades de tecido disponíveis para comprar e como em todo o lado muitas vezes é a carteira de cada um que decide qual escolhemos, encontrei tecidos a 4.000$USD ao nível dos usados pela realeza. À cintura apertamos um cinto chamado kera também ele muito colorido e com truque para apertar no final. Por baixo os homens ainda usam uma espécie de jaqueta de mangas compridas de um tecido muito fino, branco, o tegu que tem como finalidade o conforto interior e uma estratégica volta nas mangas como toque final estético. 




O traje feminino chama-se Kira, também ele um longo pedaço de tecido (com cerca de 2,5m por 1,5m) com truques igualmente complexos de enrolar à volta do corpo e no fim tem um koma, uma espécie de alfinete ricamente elaborado para prender o fim do tecido. Normalmente a Kira é acompanhada por uma blusa, que é vestida por cima, chamada wonju e finalmente um casaco com padrões complexos e ricamente adornados chamado teogo. Hoje em dia já há kiras mais fáceis de usar no dia-a-dia também estas muito comuns. 



A arte da tecelagem é muito admirada no país e passada de geração em geração como uma parte muito importante da cultura e da identidade do país. Há inclusive um Museu da Tecelagem do Butão que vale muito a pena visitar e que ajuda a perceber muito a sociedade, enquanto se contemplam belos tecidos.



A acrescentar a tudo isto há a arte dos lenços, estes muito importantes para definir as hierarquias na sociedade, bem como o posto de trabalho. O lenço masculino chama-se kabney e o feminino rachu, ambos são enrolados à volta do tronco e elegantemente deixados cair pelo ombro esquerdo. Normalmente é usado apenas em ocasiões ou cerimónias especiais, por exemplo o Rei usa a cor amarela e abaixo dele laranja, já o cidadão comum usa branco. 



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